A relação entre humanos e pets faz bem à saúde, ensina sobre lealdade e afeto incondicional!
Você chega em casa — muitas vezes, sozinho — e encontra aquela criatura de quatro patas, peluda, que vem correndo na sua direção, balançando o rabo com “um sorriso de orelha a orelha”, sem exigir nada em troca, para te dar todo o amor e carinho do mundo…
Claro que existem exceções, mas, em geral, o brasileiro tem paixão por eles, os companheiros de todas as horas que, comprovadamente, são uma presença positiva dentro de um lar.
Companhia, saúde mental e física, maior imunidade, menos estresse, menor sedentarismo e até um antídoto contra a depressão — esses são apenas alguns dos benefícios que a convivência com um cachorro pode trazer. Isso é comprovado por várias pesquisas e especialistas.
O portal Vida de Bicho, da Editora Globo, já abordou o tema e citou estudos sobre o efeito positivo que o convívio com um cão pode proporcionar, especialmente durante a infância. A partir da análise da saliva de crianças, a pesquisadora Kerstin Meints comprovou que o contato com os cachorros reduziu significativamente os níveis de cortisol, popularmente conhecido como hormônio do estresse. Na opinião dela, a relação entre humanos e cães é mutuamente benéfica. Enquanto eles são beneficiados com o abrigo, a comida e os cuidados em geral, nós humanos ganhamos em saúde, bem-estar psicológico, suporte socioemocional, segurança e interação social.
A reportagem apresentou dez estudos que identificaram os benefícios para a saúde mental e física das crianças, como o aumento da imunidade e a redução de manifestações alérgicas. Há relatos de médicos especialistas em alergia e imunologia pediátrica que atestam o desenvolvimento do sistema imunológico, a tolerância a bactérias e outras possíveis alergias em crianças que convivem desde cedo com cachorros.
Além do desenvolvimento socioemocional e das questões imunológicas, a atividade física é estimulada. Estudos apresentados pela matéria do portal Vida de Bicho constataram que a interação entre crianças e cães estimula a atividade física dos baixinhos. As análises mostraram que aquelas que cuidam de cães são mais ativas do que as que não têm bichinho de estimação.
Encontrei essas e outras conclusões científicas a respeito dos benefícios da convivência com nossos amigos de quatro na reportagem publicada no portal Vida de Bicho.
Apesar das tantas vantagens, além do amor e carinho incondicionais, é preciso reforçar que cachorro não é brinquedo, enfeite ou presente. Decidir ter um pet requer planejamento, conversa entre os moradores da casa e muita responsabilidade compartilhada, especialmente quando há crianças envolvidas. Aliás, elas podem aprender bastante sobre educação, cuidado e responsabilidade ser ficarem encarregadas de algumas atividades como levar o cachorro para passear, cuidar de sua ração ou dar banho.
Mas ter reponsabilidade vai muito além de dar água e comida. Os animais precisam de cuidados, muita atenção e carinho. É fundamental levar a consultas de rotina no médico veterinário, monitorar sua saúde pois podem adoecer e precisar passar por intervenções. Além disso, eles deixam de ser filhotinhos e é neste momento que a fase do encanto pode acabar e começar a fase do descaso. Assim como nós, os animais envelhecem, podem ficar debilitados e dependentes. Todos na casa precisam entender que terão compromissos com o bichinho para o resto da vida dele, período que pode durar mais de 15 anos dependendo das características genéticas.
Por experiência própria, posso afirmar que os cães reforçam valores fundamentais como lealdade, companheirismo e respeito. Foi o que aprendi com os meus, o primeiro que tive quando criança ficava fora de casa, no quintal. Depois de formar família, acabei adotando e acolhendo dentro do apartamento — uma delas, a Dalila, viu minhas filhas crescerem e depois que faleceu, resolvemos adotar outra. Conviver diariamente com cães é uma experiência marcante que recomendo para todos.
Mas é sempre bom lembrar: se, depois de analisar bem, você constatar que é capaz de cuidar de uma vida de quatro patas — adote! Existem muitos na rua, em abrigos, em lares temporários, só esperando a chance de contribuir com a sua felicidade. E, se puder, dê uma chance aos mais velhos — eles costumam ser os mais “invisíveis” na hora da adoção.