Além da saúde mental, a saúde física sofre o impacto da pandemia de Covid-19
Os impactos da pandemia do coronavírus são muitos — desemprego e queda no poder aquisitivo, comprometimento da educação, abalo nos relacionamentos interpessoais, e problemas de saúde mental. Tenho acompanhado as notícias a este respeito e outro fator somando a esta lista é a saúde física.
A CNN Brasil abordou o assunto em reportagem no segundo trimestre desse ano. Segundo o canal de notícias, a vida das pessoas mudou em aspectos como:
- A diminuição na prática de atividade física;
- O aumento do consumo de bebidas alcoólicas;
- O aumento do consumo do tabaco;
- O maior consumo de comidas calóricas;
- O distanciamento e isolamento social; e
- A adoção emergencial do home office.
Essas alterações comprometem o bem-estar da população e, por consequência, o organismo dos indivíduos. A presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), Zeliete Zambon, declarou na reportagem que “o impacto psicológico causado pelo medo do vírus e pela instabilidade política e econômica, somado às dificuldades dos relacionamentos no confinamento e às mudanças que todos tiveram que fazer do dia para a noite, causam um efeito cascata sobre a saúde”.
A má alimentação, o maior consumo de bebidas alcoólicas e de cigarro e a redução da frequência de atividades físicas resultam em aumento de peso e o maior risco de doenças cardiovasculares.
O aumento da ocorrência de dores em áreas do corpo como as costas, a lombar e o pescoço é outro sintoma associado à pandemia. E, dentre os motivos para isso estáa adoção emergencial do home office, que levou muitas pessoas a trabalhar em locais ergonomicamente inadequados — como cama, sofá, mesa da cozinha etc.
O problema é agravado pela falta de exercícios físicos. A reportagem da CNN exibiu estudo do Ipsos Global Advisor, com 22 mil pessoas em 30 países, entre outubro e novembro de 2020, em que a redução de atividade física no Brasil atingiu 29%, seis pontos percentuais a mais do que a redução média mundial.
Até a saúde da pele — o maior órgão do corpo humano — foi afetada negativamente por hábitos como o sedentarismo e a má alimentação, somados a crises de estresse e ansiedade (que também podem ser consequências da pandemia).