Brasil tem recorde na abertura de pequenos negócios no primeiro semestre de 2021, apesar da pandemia
Apesar da continuidade da pandemia do coronavírus em 2021, o primeiro semestre terminou com recorde na abertura de pequenos negócios no Brasil, em comparação com os anos anteriores, segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Um levantamento feito pela entidade, com base em dados da Receita Federal, mostra que, somente nos seis primeiros meses deste ano, foram criadas 2,1 milhões de pequenas empresas — número 35% maior que o registrado no mesmo semestre de 2020 e “praticamente o dobro de 2015”.
Também de acordo com o estudo, entre os primeiros semestres de 2020 e 2021, o crescimento aconteceu em Microempreendedores Individuais (MEIs), micro/pequenas empresas e empresas de pequeno porte.
A maior alta foi entre as microempresas, apesar de não serem maioria entre os pequenos negócios brasileiros. Elas passaram de 267,1 mil negócios abertos nos primeiros seis meses de 2020 para 390,4 mil no mesmo período de 2021 — alta de 46%.
Entre os microempreendedores individuais, a alta foi de 34% — passando de 1,2 milhão de negócios formalizados no primeiro semestre de 2020 para 1,6 milhão nos primeiros seis meses de 2021. Já as empresas de pequeno porte passaram de 67,2 mil empresas criadas no primeiro semestre do ano passado para 84,6 mil no mesmo período de 2021. Nesse caso, o incremento foi de 26%.
O presidente do Sebrae, Carlos Melles, salientou que o crescimento do número de empresas em 2021 confirma a visão de que o empreendedorismo é uma alternativa de renda para os brasileiros — tanto para quem perdeu o emprego durante a crise mundial de saúde quanto para quem decidiu realizar o sonho de empreender. “Sabemos que a saída para a retomada da economia e da geração de empregos passa — necessariamente — pelas micro e pequenas empresas e pelos microempreendedores individuais”, afirmou.