Economia criativa vai criar um milhão de novos empregos nos próximos anos muito impulsionada pela tecnologia

Haroldo Jacobovicz
4 min readFeb 5, 2024

Gosto de estar de olho nas tendências do mundo dos negócios e um movimento que vem me chamando a atenção nos últimos anos é a economia criativa. Trata-se de uma tendência que despontou no início dos anos 2000 e está em expansão impulsionada pela evolução tecnológica. Você já ouviu falar a respeito?

O conceito de economia criativa foi criado pelo pesquisador inglês John Howkins, em seu livro “The Creative Economy: How People Make Money From Ideas” — ou, em tradução livre para o português, “Economia criativa: como as pessoas podem ganhar dinheiro com ideias”. A obra, publicada em 2001, define o termo como um processo que utiliza a criação como forma de explorar determinado valor econômico.

Basicamente, a economia criativa é um segmento que usa da criatividade e do capital intelectual para o desenvolvimento de produtos, processos, empreendimentos e modelos de negócio. Ele abrange diversas áreas como:

  • Mídias e comunicação (televisão, rádio, publicidade, fotografia, etc.);
  • Tecnologia e inovação (desenvolvedores de softwares, aparelhos de celular, games eletrônicos, etc.);
  • Cultura;
  • Moda;
  • Design;
  • Entretenimento (cinema, música, audiovisual);
  • Arquitetura;
  • Gastronomia;
  • Artesanato, dentre outras.

Participação no PIB e projeção de crescimento

Segundo informações da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgadas no segundo semestre do último ano, a economia criativa representa 3,11% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, e emprega cerca de 7,4 milhões de trabalhadores no país. Os dados foram mensurados com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) para o quarto trimestre de 2022, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mas, o que impressiona são as projeções da CNI em relação ao futuro da economia criativa. De acordo com os dados do levantamento feito pelo Observatório Nacional da Indústria (ONI), núcleo de inteligência e análise de dados da Confederação, esse setor vai criar um milhão de novos empregos até 2030. Ou seja, a expectativa é de que, até o final dessa década, o total de trabalhadores na economia criativa alcance 8,4 milhões de pessoas. O levantamento também indica que o crescimento na economia criativa é superior ao dos outros segmentos da economia — uma evolução estimada de 13,5% de novos empregos até 2030, ante 4,2% nas demais áreas. A expectativa, segundo a CNI, é de que um a cada quatro novos empregos criados nos próximos anos seja em setores e ocupações da economia criativa.

A área é tão relevante que existe, inclusive, um Projeto de Lei (PL) no país — o PL 2732/2022 — que propõe a instituição da Política Nacional de Desenvolvimento da Economia Criativa (PNDEC). Alguns dos objetivos da iniciativa, são:

  • Fomentar os empreendimentos criativos, e a formação para profissionais e empreendedores criativos;
  • Promover o desenvolvimento de infraestruturas (físicas e digitais) para o fortalecimento de empreendimentos e negócios voltados à criação, produção, divulgação, distribuição e consumo/fruição de bens e serviços criativos;
  • Promover e fortalecer ecossistemas de inovação em territórios criativos (bairro, distrito, polo, cidade, consórcio, bacia, região) para o desenvolvimento local e regional; e
  • Estimular a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico de bens e serviços criativos.

Economia criativa e tecnologia

Em entrevista à Agência Brasil para reportagem publicada na época da divulgação do relatório, o gerente-executivo do Observatório Nacional da Indústria, Márcio Guerra, destacou o papel da tecnologia na expansão da economia criativa. Na opinião dele, a economia criativa será ampliada para atender às demandas por inovação e criatividade na produção de conteúdos digitais que crescem exponencialmente. “Hoje, a produção cultural tem um componente digital muito forte”, completou o executivo.

Ainda segundo a reportagem da Agência Brasil, as profissões da economia criativa estão espalhadas por diversos setores, tais como empreendedorismo, indústria, serviços e setor tecnológico. Então, além da geração de empregos, tem potencial para contribuir com a abertura de novas empresas e negócios. É esperada uma ampliação ainda maior de profissionais liberais e agências de inovação, comunicação, design, conteúdo.

O Brasil, contudo, ainda não está preparado…mas pode chegar lá!

Para a Confederação Nacional da Indústria, o país precisa investir na transformação digital da economia criativa, para concretizar as projeções positivas. Entre os itens que merecem foco estão:

  • Melhorar infraestrutura para aumentar digitalização, e ampliar o acesso à internet;
  • Impulsionar a internacionalização das pequenas e médias empresas;
  • Melhorar habilidades de pesquisa de mercado, marketing, design de sites, logística, pagamentos e atendimento ao cliente; e
  • Ter regras claras sobre propriedade intelectual no ambiente digital.

Capacidade de computação é um dos pilares da transformação digital

Por fim, não podemos ignorar o fato de que capacidade computacional adequada (ou seja, os recursos necessários dentro de esferas como velocidade de processamento, ferramentas de gerenciamento de softwares, bem como armazenamento e segurança de dados, dentre outras especificações) é a base para o bom desempenho de um computador. E, dentro da transformação digital essa infraestrutura é indispensável. Para atividades de criação de conteúdo e aprendizado de máquina, por exemplo, a necessidade por alta performance da máquina é muito grande.

Para responder a essa necessidade, empresas como a Arlequim Technologies criaram soluções simples e acessíveis que transformam qualquer computador, básico ou antigo, em uma máquina de alta performance. A modalidade de Desktop as a Service, forma técnica de se referir à virtualização de computadores funciona por meio da computação em nuvem. Com ela, o cliente instala um aplicativo no seu equipamento físico e passa a ter alta capacidade de processamento, armazenamento, memória, sistema operacional atualizado, antivírus em dia e ferramentas de gestão, além de placas de aceleração gráfica superpotentes (vGPUs), conforme seu perfil de uso.

A redução de custos, a praticidade, as atualizações constantes aliadas ao melhor desempenho da máquina e a maior segurança são alguns dos benefícios da virtualização de computadores.

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Haroldo Jacobovicz

Engenheiro Civil, Empresário e Investidor Brasileiro. Fundador da Arlequim Technologies S/A | Curitiba, Paraná Brasil | http://haroldojacobovicz.com.br/