Muito mais que lazer, ouvir música estimula nosso cérebro
Você já refletiu sobre como é raro encontrar alguém que declaradamente detesta música? Claro que todos temos as nossas preferências — por um ou outro gênero musical, músicas mais agitadas, mais calmas, clássicas, populares ou eletrônicas, enfim. Mesmo que em certas ocasiões, haja uma preferência pelo silêncio. No entanto, não apreciar qualquer tipo de música, em momento algum bastante incomum. Ouso dizer que a música é uma linguagem universal que une povos, gêneros, idades e crenças. Além de proporcionar prazer, despertar memórias e dar ritmo a determinadas atividades, a música gera benefícios para o nosso cérebro comprovados pela ciência.
Concentração, foco, maior facilidade de memorização, produtividade, criatividade e, por óbvio, relaxamento são alguns dos impactos positivos da música. A música tem o poder de direcionar a atenção, bloqueando distrações externas e facilitando a concentração em tarefas específicas. Estudos indicam que o estilo instrumental, em particular, pode ajudar a criar um ambiente propício para a imersão em atividades cognitivas.
A música instrumental clássica pode ser uma grande aliada no foco e na concentração, enquanto o rock clássico é considerado a música mais popular para melhorar a produtividade ao lado dos ritmos alternativo e pop. Já as músicas com ruído branco e a Sonata K448 de Mozart podem desempenhar um papel interessante no processo de memorização durante o estudo e o trabalho, segundo especialistas.
Além disso, não podemos esquecer dos sons da natureza — chuva, vento, ondas do mar, disponíveis nos aplicativos de música, que podem criar um ambiente relaxante para melhorar o sono e reduzir o estresse.
Ou seja, o que podemos concluir é que, de fato, o poder a música vai muito além da diversão e do lazer. Podemos considerá-la uma ferramenta de apoio nas atividades diárias de trabalho e estudo, por exemplo. O importante é usá-la de forma consciente e estratégica. Encontrei informações a respeito nesta reportagem que traz mais detalhes sobre o assunto.
Acredito que o fundamental é entendermos o que funciona, individualmente, para cada um. Particularmente, sou um apaixonado por músicas com performances de coro e corais que trazem a força de várias vozes unidas e potencializadas pelos instrumentos. Essas são músicas que me ajudam a relaxar e me concentrar.
Aliás, a paixão pela música é compartilhada por todos na minha família. Minhas duas filhas estudaram violino, instrumento preferido da minha esposa, Sarita Zlotnik Jacobovicz. A paixão da Sarita é tanta que ela criou, em 2022, a produtora musical Alma Musical, responsável pela Orquestra Anima Musicale. O grupo reúne nomes exponenciais da execução e produção musical curitibana. O repertório dos concertos é cuidadosamente selecionado e costuma fazer um mix eclético reunindo clássico, rock, pop e MPB. A orquestra também realiza sessões sociais, voltadas a idosos, crianças e pessoas com deficiência visual. As apresentações costumam acontecer no Teatro Regina Vogue, em Curitiba, que recentemente foi transformado na ‘casa’ da Anima Musicale.